terça-feira, 30 de setembro de 2008

Calendário


A «alquimia dos dias», chamava-lhe Cristina. O que dos nossos gestos, do rosto dos nossos amigos, das nossas dúvidas, dos nossos amores, se transmuta no tempo. O que é «transportado» para outro dia. E o que se perde.

sábado, 20 de setembro de 2008

Retrato de Cristina (2)

Hugo van der Goes, Trittico dei Portinari (detalhe)
A rapariga que passa, devorada pela cidade. A interpelação da ausência, as «estrelas extintas de que todos vivemos». De que viveremos se não de um poema?

domingo, 7 de setembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O mar não banha Nápoles

Imagens do porto de Nápoles

Tive pena de não nos termos podido encontrar na «terra dos limões», Francesca. Havia notícias que só tu me podias dar, lugares que só tu me poderias fazer ver, aqueles onde «la bellezza va ricercata», lembras-te?
Gostei muito de Amalfi. É uma daquelas cidades onde não sabemos por que caminho chegámos, apenas que estamos lá. Tudo o que é belo é inesperado, caso contrário não deixaria a impressão de «novidade» e «acontecimento» no espírito, não achas? De qualquer forma, «aparição» é uma palavra que quadra bem a esta cidade debruçada sobre um porto.
Nápoles vi-a em plena «controra», caminhando pela Via Toledo com o Alfonso, o suor a escorrer em bica, à procura da Feltrinelli. Não sei se é uma cidade feliz. Sei que caminhando se chega ao mar, à proximidade do Vesúvio, a Santa Lucia. E talvez já «o mar banhe Nápoles» outra vez.