quarta-feira, 23 de abril de 2008

To the unknown voice




Existe um lugar secreto e frágil, como um coração. Um lugar transparente como a brisa de fim de tarde, apenas visível nas folhas das árvores. Um lugar que não se pode tocar sem que desapareça, como uma constelação de sal na pele ou o beijo da tia no fim de um dia de praia.
Há muitos séculos que o procuramos. Mal tocámos a Terra pela primeira vez, já ansiávamos por ele. Como se fosse a nossa sombra. Ou o silêncio entre nós e o mundo.