sábado, 26 de julho de 2008

La rue Watt


Une rue bordée d'colonnes
Où y a jamais personne
Y a simplement en l'air
Des voies de chemin d'fer
C'est une rue couverte
C'est une rue ouverte
C'est une rue déserte








Au bout de Paris
Près d'la gare d'Austerlitz
Vierge et vague et morose
La rue Watt se repose

Un jour j'acheterai
Quelques mètres carrés
Pour planter mes tomates
Là-bas dans la rue Watt
La rue Watt

Palavras da canção La rue Watt de Boris Vian

Desenhos de Jacques Tardini






segunda-feira, 21 de julho de 2008

A Dívida

Muito obrigado à Zhìhuì, «teacher of the inner language». Não é todos os dias que se recebem presentes.

sábado, 19 de julho de 2008

Lisboa (3)



«In any case, we don't live in Paris, we don't live in Warsaw, although those geographies may define our actual location. We live in other places that are more intimate and more real and more authentic than whatever the official culture defines us as.These are songs about the little places, the little loves, the little corners.»
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Leonard Cohen num concerto em Varsóvia com Anjani Thomas

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Rua do Ouro

Esta rua fez um ano no fim do mês passado. É uma rua escondida, pequena, sem grande importância, ao contrário da outra Rua do Ouro. Gosto dela assim. Como em todas as ruas, há pessoas que passam por aqui e se cruzam sem se conhecerem,e, às vezes, sem sequer saberem da existência umas das outras.
Uma das coisas boas das ruas é que não têm dono. Até se poderia pensar que são sempre diferentes, consoante o transeunte. Mas não. As ruas são sempre as mesmas. Gostava, então, que este poema, dedicado a todos os estranhos que passam, fosse uma árvore nesta Rua do Ouro. As pessoas hão-de passar pela árvore, e algumas seguirão apressadas, sem reparar nela, enquanto outras pararão a olhar, encantadas, a fímbria de luz das folhas. Mas a árvore estará lá sempre, de noite e de dia, independentemente do olhar de quem vê, no mesmo sítio do passeio. À espera que lhe digam «olá». É essa a sua maravilha. Tal e qual um poema, vejam só!
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To a Stranger

Passing stranger! you do not know how longingly I
look upon you,
You must be he I was seeking, or she I was seeking, (it
comes to me, as of a dream,)
I have somewhere surely lived a life of joy with you,
All is recall’d as we flit by each other, fluid, affectionate,
chaste, matured,
You grew up with me, were a boy with me, or a girl
with me,
I ate with you, and slept with you—your body has
become not yours only, nor left my body mine only,
You give me the pleasure of your eyes, face, flesh, as we
pass—you take of my beard, breast, hands, in
return,
I am not to speak to you—I am to think of you when I
sit alone, or wake at night alone,
I am to wait—I do not doubt I am to meet you again,
I am to see to it that I do not lose you.
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Walt Whitman

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Krasota spazyot mir (3)

«O absoluto da linguagem litúrgica corresponde ao absoluto da linguagem aparentemente irracional, mas, na realidade, dotada de uma grande razão. Ou seja, a razão de Deus, do Destino, do Karma ou da Liberdade (...) Provavelmente também a grande razão da plenitude, da completude como intensidade de percepção, que permite ver toda a trama do tapete. Pela qual o tapete se torna uma mandala com um centro, um significado (...) e uma beleza próprias. Ou seja, a beleza que salvará o mundo, da qual falava Dostoievski».
Gianfranco Draghi, Cristina Campo na Memória de Gianfranco Draghi